domingo, 4 de dezembro de 2011

Cargaleiro & Patchwork


O Alto Alentejo tem uma porta aberta virada a Sul e uma janela sem cortinas virada a Norte, sendo bem diferente a oferta em cada uma das direcções. Neste fim de semana optámos por "sair pela janela" e num pulo estávamos em Castelo Branco.


O programa da tarde foi preenchido com uma visita ao Museu Cargaleiro, em homenagem ao pintor, ceramista e azulejista português, nascido em Chão das Servas, Vila Velha de Rodão,  em 1927.






Já visitei alguns museus de maior renome que albergam obras de vultos mais consagrados, porém se hoje me pedissem para eleger um pódio de museus, colocaria o Museu Cargaleiro na posição cimeira...Pela harmonia de cores e formas, equilíbrio e leveza do espaço. Lá não nos cansamos, não há demais; há o quanto baste para entendermos que o artista consegue ver com um largo avanço aquilo que nós só vemos indo lá.




À entrada do museu dão-nos as boas-vindas duas portas de madeira centenárias. Coloridas, rejuvenescidas e da autoria do mestre, que nelas criou pequenos espaços para homenagear todas as freguesias do concelho. Na parede da frente uma grande manta cor de vinho, feita em patchwork pela  Dona Ermelinda, mãe de Manuel Cargaleiro.
Reparando um pouco, entre muitas das suas obras e as peças feitas em patchwork pela sua mãe (que mostro de seguida), muitas semelhanças encontramos. Ora, reparem bem...




(Todas as fotos publicadas neste post foram retiradas de diversos sites da Internet)